Este é o último post do Chanas em Chamas. De agora em diante, eu estarei postando no novo blog do meu site pessoal (Banana Bullet). Demorou uns anos, mas eu finalmente atualizei o look do Banana e, afirmo sem pudores, estou orgulhosíssima do resultado.
A idéia do Chanas continua viva, mas a resistência que me impulsionava anda meio capenga. Pode ser o poder dos 30 chegando perto. Ou pode ser só mais outra metamorfose ambulante do meu universo esquisofrênico.
De qualquer forma, o Chanas continuará por aqui, só não será mais atualizado. E todos os posts podem ser encontrados tambem no BananaBullet.com.
Fui.
setembro 15, 2009
Até a vista Chanas em Chamas
> Unknown > 11:19:00 AM
agosto 11, 2009
juca pirama
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Já vi cruas brigas,
De tribos imigas,
E as duras fadigas
Da guerra provei;
Nas ondas mendaces
Senti pelas faces
Os silvos fugaces
Dos ventos que amei.
Andei longes terras
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras
Dos vis Aimoréis;
Vi lutas de bravos,
Vi fortes — escravos!
De estranhos ignavos
Calcados aos pés.
E os campos talados,
E os arcos quebrados,
E os piagas coitados
Já sem maracás;
E os meigos cantores,
Servindo a senhores,
Que vinham traidores,
Com mostras de paz.
Aos golpes do imigo,
Meu último amigo,
Sem lar, sem abrigo
Caiu junto a mi!
Com plácido rosto,
Sereno e composto,
O acerbo desgosto
Comigo sofri.
Meu pai a meu lado
Já cego e quebrado,
De penas ralado,
Firmava-se em mi:
Nós ambos, mesquinhos,
Por ínvios caminhos,
Cobertos d’espinhos
Chegamos aqui!
O velho no entanto
Sofrendo já tanto
De fome e quebranto,
Só qu’ria morrer!
Não mais me contenho,
Nas matas me embrenho,
Das frechas que tenho
Me quero valer.
Então, forasteiro,
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro
Com que me encontrei:
O cru dessossêgo
Do pai fraco e cego,
Enquanto não chego
Qual seja, — dizei!
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava,
Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou.
Ao velho coitado
De penas ralado,
Já cego e quebrado,
Que resta? — Morrer.
Enquanto descreve
O giro tão breve
Da vida que teve,
Deixai-me viver!
Não vil, não ignavo,
Mas forte, mas bravo,
Serei vosso escravo:
Aqui virei ter.
Guerreiros, não coro
Do pranto que choro:
Se a vida deploro,
Também sei morrer.
Eu Juca Pirama – Ato IV (Gonçalves Dias)
/
> Unknown > 8:33:00 PM
agosto 04, 2009
Itajoom
Waiting through a slow day
that is never going to end
my Italian dictionary kicks the dust particles
all over my joomla.
/
> Unknown > 8:53:00 PM